RIO - Vestibular é uma fase muito, mas muito estressante para os estudantes. Na tentativa de dar conta de todos os assuntos que podem cair na prova, ninguém liga para a maneira como se senta, a roupa que está usando, o que está comendo nem quantas horas está dormindo. No entanto, isso pode fazer, sim, diferença na hora decisiva. Uma calça confortável, uma noite bem dormida e uma refeição equilibrada ajudam mais do que você imagina. Então, deixe os livros por alguns minutos para pensar em bem-estar.
- Nada de energéticos
- Aquela dieta para não dormir baseada em energético, café e refrigerante não está com nada. A receita para esse momento é dormir bem, descansar e ter uma alimentação balanceada.
- O sono reforça a concentração, o que o energético não faz. Tomar essas bebidas antes da prova pode ser perigoso, pois acelera os batimentos cardíacos e pode potencializar a ansiedade do aluno. Se ficar uma pilha de nervos, ele esquece tudo - explica Bia Rique, nutricionista da Clínica Pitanguy.
Por alimentação saudável, entenda-se uma dieta sem frituras e excesso de carnes. No lugar, entram verduras e frutas ricas em fibras, que ajudam na digestão, além de carboidratos integrais e legumes. Se sentir necessidade de energia imediata, troque o chocolate por damasco seco, castanha-do-pará ou banana-passa.
- O horário do exame é ingrato: o aconselhado é chegar aos locais de prova às 12h. E aí bate a dúvida: almoçar ou não?
- Quem for sair de casa por volta de 11h deve fazer uma refeição com salada, vegetais cozidos, arroz integral, feijão e frango ou peixe. No caso de quem sai mais cedo, é melhor caprichar no café da manhã, com um sanduíche de pão integral com queijo minas, alface e tomate e um omelete light.
- Figurino sem aperto
- Atenção, vestibulandos e vestibulandas: a prova do Enem não é um desfile de moda. O mais importante é se sentir confortável, de preferência com roupas que você já esteja acostumado a usar.
A professora de ergonomia do Senai/Cetiqt Cristiane dos Santos de Carvalho afirma que as meninas devem prestar atenção a alguns itens proibidos, como salto alto, botas, minissaias e decotes.
- Não dá para usar nada que esteja apertando o pé. Blusas de tecido grosso ou duro demais incomodam na hora de escrever. Jaqueta jeans nem pensar, porque limita muito os movimentos. Saia curta é ruim, porque vai passar a prova inteira ajeitando ou então de perna cruzada, o que dificulta a circulação. Decote é a mesma coisa - explica a professora dos cursos de Moda e Engenharia,
Assim, é melhor optar por calças folgadas, sem cós baixo, blusas confortáveis e tênis ou sapatos usados, que sejam moles. Para fazer essa checagem antes de sair de casa, sente-se em uma cadeira e "se abrace". É uma boa forma de ver se as roupas prendem algum movimento e não atrapalharão. Para os meninos, não há dúvidas: o "uniforme" é calça, camiseta e tênis.
Todos devem levar um casaco para se prevenir caso deem o azar de fazer a prova numa sala muito gelada.
- Dormir é preciso
Quando chega a véspera da prova, muita gente diz que vai passar a noite estudando. Só que, na ânsia de melhorar o desempenho, os estudantes podem se sair ainda pior. Para Fausto Ito, médico especialista em sono pela Universidade de São Paulo (USP), o cansaço torna a absorção do conteúdo mais difícil.
- Quem dorme mal acorda sem disposição, de mau humor, o que prejudica o resto do dia - afirma Ito.
O médico também é contra a sesta, aquela dormidinha à tarde. Como o Enem acontece nesse período, se o corpo estiver condicionado a descansar, o candidato pode ser prejudicado. O cérebro vai "aprender" que aquela hora não é de prova.
- De olho na coluna
A explicação é do coordenador da clínica-escola do IBMR, Renato de Paulo. Ele afirma que, de 20 em 20 minutos, os estudantes devem faltar alguns exercícios simples: girar o tronco (como se fosse falar com o colega de trás), esticar os braços e mexer o tornozelo para contrair a panturrilha. Todas essas atividades melhoram a oxigenação do cérebro e relaxam os músculos. Isso auxilia o raciocínio e pode fazer diferença em uma prova de longa duração.
Um dos principais problemas observados na postura dos alunos é que a maioria não se senta sobre os glúteos, $sobre o sacro, a base da coluna. Esse osso não foi feito para suportar a pressão, e ao longo do tempo isso pode gerar dores na região lombar.
O fisioterapeuta afirma que cadeiras mais ergonômicas seriam desejáveis nas escolas e locais de estudo em casa, mas são poucas. Um dos paliativos para esse problema é trocar sempre de cadeira para não deformar o assento. Assim, a pessoa se senta de forma mais correta.
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/educacao/mat/2011/09/19/dicas-de-cuidados-com-corpo-mente-para-chegar-bem-disposto-nos-dias-de-prova-do-enem-2011-925391447.asp#ixzz1YcDl4NUn
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